É verdade que hoje em dia temos o hábito de ouvir música durante muitas horas do dia, por exemplo, enquanto trabalhamos ou em momentos de relaxamento em casa. Mas é importante lembrar as origens de ouvir música de uma maneira tão fácil e confortável, porque antes não era assim. Queremos discutir aqui os progressos e a evolução da forma de ouvir música e um pouco da história dos leitores de música.
Os primeiros ‘aparelhos de música’ fixos.
Lá pelo ano de 1877, graças a Thomas A. Edison, foi inventado o primeiro dispositivo reprodutor de música chamado fonógrafo. Este invento consistia na gravação de um som que depois podia ser reproduzido por meio de um cilindro que girava contra uma agulha que subia e descia nos sulcos do cilindro, reproduzindo os sons.
Onze anos depois, em 1888, Emile Berliner patenteou uma máquina algo semelhante ao fonógrafo, mas a grande diferença era que nesta nova máquina, chamada gramofone, não se usava um cilindro para reproduzir a música, mas sim um disco plano. Com base nos gramofones, foi inventado posteriormente o gira-discos, que vinha todo montado num tipo de móvel onde se encontrava o prato giratório onde iam os discos, a cápsula e o braço fonocaptor.
Vamos levar a música para outro lado
Em 1963, a Philips inventou a cassete, que consumia pouca energia e podia ser transportada facilmente. Graças à invenção da cassete, começaram a ser fabricados os primeiros equipamentos portáteis, e chegámos a 1979 quando o Walkman foi inventado pela Sony, alimentado por pilhas, tornando-o um aparelho muito cómodo e portátil.
Posteriormente, a partir de 1990, começou-se a ver a nova forma de ouvir música, utilizando-se os Compact Disc (CD) ou discos compactos para gravar música, vídeos, imagens e até texto. E desde então, o CD predominou no mercado musical devido à sua excelente qualidade de gravação, tamanho, durabilidade e capacidade de armazenar várias horas de música num único suporte. Com o boom dos CDs, foram inventados os Discman, um dispositivo portátil do tamanho aproximado de um disco e que era alimentado por pilhas; ligava-se a um par de auscultadores e permitia desfrutar de horas de música, trocando o CD sempre que se desejasse.
Em 1992, o Mini Disc apareceu brevemente no mercado, também fabricado pela Sony, entrando num formato de gravação e reprodução de áudio digital de alta qualidade, que consistia num pequeno disco e num reprodutor mais compacto que o Discman, de forma quadrada. No entanto, o seu elevado preço de venda levou ao seu rápido desaparecimento do mercado.
A era digital, o presente dos reprodutores de música
Em 1995 chegou o leitor de mp3, um formato de áudio digital comprimido no qual se podia gravar ou introduzir som numa memória interna através de ficheiros em formato MP3 ou similares. Para introduzir música nesses dispositivos, era necessário um computador e, através das ligações USB, transferiam-se os dados. Dependendo da quantidade de memória interna, podiam-se introduzir vários ficheiros, e em alguns modelos destes leitores MP3 era possível expandir a memória com cartões de memória.
Um dos principais impulsionadores da reprodução de música em dispositivos mais pequenos, leves e confortáveis foi a marca Apple com a criação e fabrico dos iPods. Com o passar dos anos e o avanço tecnológico, os leitores MP3 foram adaptados para dar lugar aos leitores MP4, nos quais se podia introduzir e reproduzir música, vídeos e imagens.
Atualmente, graças aos smartphones, temos todos os dispositivos na palma da nossa mão, graças aos nossos telefones móveis. Com a revolução tecnológica, temos agora plataformas como o Spotify que nos permitem aceder a milhões de músicas através de subscrições mensais.
Onde ficaram aqueles anos em que se usavam o fonógrafo, gramofone ou até os CD para ouvir música?
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